JOSÉ PATRÍCIO/AGÊNCIA ESTADO/AEApós o apito final do árbitro a festa corintiana invadiu o gramado do estádio Pacaembu na vitória por 2 a 0, sobre o Boca Juniors/ARG
O grito de campeão estava entalado há 35 anos na garganta do torcedor corintiano. A primeira participação da equipe de Parque São Jorge no torneio continental foi em 1977. O longo período de espera acumulou seguidos fracassos na história vitoriosa da equipe, mas a redenção no continente veio da melhor forma possível. O time alvinegro se impôs diante do grande carrasco de brasileiros na competição e conquistou o principal objetivo dos seus 101 anos de história de forma invicta.
Além de levar o inédito troféu para a sua estante, o Corinthians também garante a sua passagem para o Mundial de Clubes da Fifa. No final deste ano, a equipe viajará até o Japão, onde poderá disputar o título de melhor equipe da atualidade com os ingleses do Chelsea, campeões da Liga dos Campeões da última temporada europeia.
Corinthians e Boca Juniors entraram em campo dispostos a buscar o resultado nos primeiros minutos da partida. Contudo, a tensão que envolve uma final de Libertadores ditou o ritmo do início do confronto. Errando muitos passes no meio-campo, o Timão pouco ameaçava o seu adversário e apresentava sinais de irritação com a marcação argentina. Com os ânimos controlados, o Corinthians soube colocar a bola no chão e passou a ameaçar o Boca Juniors, mas ainda assim não conseguiu marcar e o Boca perdeu o goleiro Orión contundido.
Com o reinício após o intervalo, o Corinthians tomou a iniciativa logo depois do pontapé inicial. Aos seis minutos, Schiavi deu um pontapé em Danilo e recebeu o cartão amarelo. Na cobrança, Danilo colocou no centro do gol e Sosa precisou afastar de soco para não se complicar.
Na sobra deste lance, a posse de bola continuou com o Corinthians e originou a falta que culminaria no gol histórico de Emerson Sheik aos oito minutos. Quando o marcador apontava oito minutos, Riquelme cometeu a infração na direita e teve uma breve discussão com Tite. Na cobrança, Alex tomou a bola e lançou para dentro da área. Jorge Henrique desviou de cabeça para o centro da área e Danilo, com o espírito do Dr. Sócrates, acertou um passe de calcanhar que livrou Emerson da marcação adversária e deixou o atacante cara a cara com o goleiro Sosa. Sem titubear, o atleta fuzilou as redes argentinas e fez o Pacaembu explodir em êxtase.
Aos 27, o Pacaembu pôde soltar o grito de campeão com segurança e vibrar com o segundo gol marcado por Emerson Sheik na partida. O atacante marcou a saída de bola da zaga argentina e tomou a bola mal passada por Schiavi. O atleta apostou corrida com Caruzzo e ficou novamente na frente de Sosa. Com tranquilidade, o jogador tocou no canto do arqueiro e consolidou o título corintiano.
Fonte: Tribuna do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário