Você já pensou em trabalhar desentupindo esgoto, catando lixo ou, quem sabe, recebendo os mortos numa funerária? Pode parecer estranho para alguns, seja porque não tem coragem, ou por que não tem estômago para isso, mas esses ofícios fazem parte de uma grande gama de profissões essenciais para a sociedade. Sabendo disso, a reportagem de O Poti/Diário de Natal acompanhou cada uma dessas ocupações e resolveu contar como é a rotina desses trabalhos por meio da história de seus protagonistas.
"Às vezes algumas baratinhas passam em cima de mim", diz o limpador de esgoto Lenilson Fernandes Jácome, ao começar a explicar o procedimento da limpeza dos esgotos de Natal. O trabalho é bastante cansativo e, para muitos, intragável. Os profissionais dessa área podem encontrar muita coisa além do simples lixo jogado de maneira indevida pela população. Além das baratas que são consideradas companheiras de trabalho, Lenilson diz que é bastante comum encontrar dinheiro. "Tem amigo meu que achou dinheiro em um esgoto lá em Ponta Negra, acho que foi libra, talvez eu encontre também", brinca. Por outro lado, também é comum encontrar fetos humanos e animais mortos dentro das tubulações.
Atualmente o trabalho de desobstrução de esgoto é feito por duas pessoas munidas de um equipamento composto por uma espécie de pá, que serve para separar o lixo, um balde e um tanque de água, que fica acoplado ao carro usado pela equipe. Além disso, equipamentos de segurança são itens essenciais para o serviço. Capacete, luva, sabão, álcool e água são componentes obrigatórios. Já no passado, por não terem esse tipo de assistência, uma série de situações desagradáveis aconteciam aos limpadores.
Lenilson lembra uma situação vivenciada por um de seus colegas que exemplifica bem a dificuldade de se trabalhar em um ambiente tão hostil. "Já teve colega meu que literalmente tomou um banho de m... Antes de começar a trabalhar ele avisou para a dona da casa, 'não dê descarga enquanto eu estiver trabalhando', mas não fez diferença, quando ele entrou e começou a trabalhar, ouviu um barulho estranho vindo do cano, olhou pra cima e tomou aquele banho" conta Lenilson rindo.
Outra história que o limpador de esgoto lembra, e que sempre o faz lembrar da necessidade do equipamento de segurança, é a de um colega de trabalho que chegou a falecer por causa de uma bactéria adquirida. Segundo ele, o motivo da morte foi pura irresponsabilidade. "Ele não gostava de usar os acessórios de proteção, um dia ele sentou na borda de uma fossa e infelizmente pegou uma bactéria nos órgãos genitais. Aí ele ficou muito doente, foi internado no Walfredo e tiveram que amputar o pênis dele por causa da infecção. Mas nem fez diferença, ele acabou morrendo", conta Lenilson.
"Às vezes algumas baratinhas passam em cima de mim", diz o limpador de esgoto Lenilson Fernandes Jácome, ao começar a explicar o procedimento da limpeza dos esgotos de Natal. O trabalho é bastante cansativo e, para muitos, intragável. Os profissionais dessa área podem encontrar muita coisa além do simples lixo jogado de maneira indevida pela população. Além das baratas que são consideradas companheiras de trabalho, Lenilson diz que é bastante comum encontrar dinheiro. "Tem amigo meu que achou dinheiro em um esgoto lá em Ponta Negra, acho que foi libra, talvez eu encontre também", brinca. Por outro lado, também é comum encontrar fetos humanos e animais mortos dentro das tubulações.
Atualmente o trabalho de desobstrução de esgoto é feito por duas pessoas munidas de um equipamento composto por uma espécie de pá, que serve para separar o lixo, um balde e um tanque de água, que fica acoplado ao carro usado pela equipe. Além disso, equipamentos de segurança são itens essenciais para o serviço. Capacete, luva, sabão, álcool e água são componentes obrigatórios. Já no passado, por não terem esse tipo de assistência, uma série de situações desagradáveis aconteciam aos limpadores.
Lenilson lembra uma situação vivenciada por um de seus colegas que exemplifica bem a dificuldade de se trabalhar em um ambiente tão hostil. "Já teve colega meu que literalmente tomou um banho de m... Antes de começar a trabalhar ele avisou para a dona da casa, 'não dê descarga enquanto eu estiver trabalhando', mas não fez diferença, quando ele entrou e começou a trabalhar, ouviu um barulho estranho vindo do cano, olhou pra cima e tomou aquele banho" conta Lenilson rindo.
Outra história que o limpador de esgoto lembra, e que sempre o faz lembrar da necessidade do equipamento de segurança, é a de um colega de trabalho que chegou a falecer por causa de uma bactéria adquirida. Segundo ele, o motivo da morte foi pura irresponsabilidade. "Ele não gostava de usar os acessórios de proteção, um dia ele sentou na borda de uma fossa e infelizmente pegou uma bactéria nos órgãos genitais. Aí ele ficou muito doente, foi internado no Walfredo e tiveram que amputar o pênis dele por causa da infecção. Mas nem fez diferença, ele acabou morrendo", conta Lenilson.
FONTE:Hana Dourado, O Poti
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