Júnior Santos
Advogado do ABC, José Wilson, conquistou a segunda vitória
Advogado do ABC, José Wilson, conquistou a segunda vitóriaO advogado do ABC, José Wilson, ao realizar a defesa de Leandro Campos, alegou que ao proferirem seus votos, os auditores teriam de levar em consideração as personalidades dos atores envolvidos na questão, no caso o treinador abecedista e o árbitro Flávio Roberto Sales: "A denúncia contra nosso treinador, que nunca sentou no banco dos réus, foi realizada por uma pessoa desqualificada, que no julgamento passado desqualificou todos os auditores do TJD."
Raimundo Mendes, relator do processo no Tribunal Pleno, disse que ao olhar a súmula percebeu que não houve maldade por parte de Leandro Campos ao chutar a garrafa. Mas o documento informa que ao saber da expulsão, o treinador se direcionou ao quarto árbitro com palavrões, num ato de claro desrespeito a uma autoridade e que isso não poderia passar em branco. Sendo assim pediu a punição por dois jogos de suspensão, o que impediria Campos de dirigir a equipe nos jogos da final do Estadual.
O auditor Luiz Antônio de Almeira foi o segundo a proferir o voto. Depois de lembrar que os bons antecedentes não podem servir como motivo da absolvição de um réu, podendo ser encarado apenas como atenuante da pena. Bem como que o fato da legítima defesa também não admite excessos, ele disse que ao analisar o caso viu que não houve dolo no ato que acarretou a expulsão do treinador abecedista e que pelo disposto não sentiu vontade do treinador agredir ninguém. Por isso, resolveu pedir a absolvição.
O voto foi acompanhado pelo auditor Julierme Martins de Melo, que não conseguiu ver provas diretas das agressões naquilo que estava relatado, também negando o provimento do recurso apresentado pela promotoria do TJD.
O presidente do TJD, Mirocem Júnior, após divulgar o resultado falou sobre a decisão. "Se eu tivesse direito a voto, o que não me é permitido pelo que está disposto nos artigos 131 e 170 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, eu votaria com o relator. Um erro não pode justificar o outro e Leandro Campos foi desrespeitoso e tinha de ser punido. Mas respeito a decisão do Tribunal, ela é soberana e tenho de aceitar, afinal isso é democracia", ressaltou.
Tribuna do norte
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