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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Avanço da maré exige mudança em Ponta Negra


 
"Nós precisamos desenvolver um estudo sistemático que deve levar cerca de um ano e quatro meses, para só então apontarmos possíveis soluções para a questão do avanço do mar em Ponta Negra". A afirmação é da geógrafa Zuleide Lima, doutora em Geodinâmica e Geofísica, que integrou o grupo de especialistas que acompanhou o secretário municipal de Serviços Urbanos, Luiz Antonio Lopes, na visita aos pontos destruídos pela força das marés, em Ponta Negra. As obras de recuperação do calçadão de devem começar na próxima segunda-feira, mas para a geógrafa a recuperação dessa área é uma medida paliativa e não resolverá o problema. "Vão consertar e o mar vai destruir novamente. Nós precisamos de uma solução definitva", disse.

Atualmente cinco pontos do calçadão encontram-se danificados devido à força da maré que vem ocorrendo nos últimos dias e, de acordo com a Seção de Maré da Marinha, devem ser intensificados este ano. De acordo com o titular da Semsur, a obra de recuperação deve ser concluída em 20 dias. Isso significa que se a obra de fato começar no próximo dia 27 deverá ser concluída dia 17 de março. No entanto, de acordo com o Centro de Hidrografia Marinha (CHM), a maior maré do ano está prevista para o dia 8 de março. "Pode ser que essa maré derrube tudo o que já tiver sido feito, mas nós não temos como afirmar isso com certeza", afirmou a geógrafa.

O secretário Luiz Antonio disse, durante a visita em Ponta Negra, que irá solicitar um estudo à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Conselho Regional de Engenharia (Crea), e todos os segmentos que possam contribuir de alguma forma para a solução do problema da erosão causada pelo avanço do mar. "O dinheiro público não pode ser utilizado apenas para reparos, temos que elaborar um estudo que aponte soluções definitivas", disse. É exatamente o que defende a geógrafa Zuleide Lima. "Não podemos trabalhar esse problema apenas estudando a orla, ou como se comporta a maré, precisamos desenvolver esse trabalho na plataforma continental (6km mar a dentro)", disse.

FONTE:Do Diário de Natal

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