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terça-feira, 16 de agosto de 2011


HÁ SEMPRE UM SENTIDO PARA NOSSA LUTA

Professora: Maria Arlete
Coordenadora Sindical do Núcleo de Serra Caiada/ RN

Começo este texto citando uma frase do educador Paulo Freire que em seu livro Pedagogia da autonomia fala: “Daí uma das nossas brigas como seres humanos deva ser dada no sentido de diminuir as razoes objetivas  para a desesperança  que nos imobiliza”. É refletindo nesta frase que me faço algumas interrogações. Estamos nós professores da rede pública sem esperança? O que é brigar como seres humanos? Em qual sentido devam-se diminuir as razões objetiva?
Para responder essas questões, vou contextualizar com a nossa vivência nesses últimos dias na sociedade. Há indivíduos que chegam a algumas funções e procuram, a cada dia, deixar-nos sem essa esperança. Pois não têm humildade de dialogar e discutir as Políticas Públicas, deixando a responsabilidade apenas para os professores e fazendo com que eles se sintam culpados com os problemas que vêm ocorrendo diariamente dentro das escolas. E ainda existem  os problemas impostos e que devemos aceitar sem questionar. Tipo: correção de fluxo sem nenhuma capacitação para professor nas escolas e sem  parecer do Conselho Escolar, Conselho Municipal Educação, porque as escolas não têm esse colegiado e não temos conhecimentos de como foi formado o CME. Falar em formação de conselhos é coisa para quem pode; diálogo sobre esse assunto não é com professor. Não discutimos como podemos comprar material didático com o dinheiro do PDDE, mudança da grade Curricular acontece a qualquer dia e a qualquer hora. Diante de tudo isso quem participa de movimentos é chamado de palhaços, até por alguns que se dizem professores. Ah, e avaliar eventos que acontecem na escola! Nem pensar... Isto passa a ser motivo de represália.
Esquecem o sentido democrático que se tem para fazermos uma sociedade e tentam passar que os movimentos que surgem são brigas com os seres humanos e os professores estão deixando de cumprir o seu papel na sala de aula para fazer brigas com os se dizem fazer Políticas Públicas. Porém, brigar no sentido de diminuir essas razões objetivas que tentam nos imobilizar é o que devemos fazer meus caros colegas professores, como diz Paulo Freire: “A luta  dos professores em defesa de seus  direitos  e de sua dignidade  deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética”.
Portanto, professores e professores, não vão ter medo de fazer esse exercício de cidadania, ele é muito bom para combatermos as opressões que nos são impostas. Não vamos nos deixar carregar as conseqüências e ouvir certos discursos hipócritas falando que nós só lutamos por salários. Vamos mostrar que lutamos por salários, queremos ser avaliados, mas que nos dê pelo menos o direito de sabermos como seremos avaliados, por quem e se podem nos avaliar.

Um comentário:

  1. CONCORDO COM TUDO QUE VOCE DISSE CARA COLEGA, NO ENTANTO VEJO QUE NA MAIORIA DAS VEZES OS SINDICATOS DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO TERMINAM FAZENDO POLITICA OU SEJA QUANDO ESTÃO DO LADO DO GOVERNO OU PREFEITOS ESQUECEM DOS NOSSOS DIREITOS, QUE DEVEMOS LUTAR SEMPRE INDEPENDENTE DE QUEM ESTEJA NO PODER.sERÁ QUE NÓS CONHECIAMOS OS REPESENTANTES DO CME ANTERIOR,NÃO ESTOU AQUI DEFENDENDO NINGUÉM SÓ QUERO ATENTAR PRA ISSO DEVEMOS SIM LUTAR,BUSCAR NOSSOS DIREITOS TODOS OS MOMENTOS. OLHEM QUE TENHO MAIS DE TRINTA ANOS DE TRABALHO E SÓ AGORA VEJO ALGUÉM LUTANDO POR NOSSOS DIREITOS, INFELISMENTE SÓ AGORA MAS UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO,PARABÉNS CONTNUE NESSA LUTA,MAS NÃO ESQUEÇA DE QUE A LUTA NÃO DEVE PARAR.ESTOU SEMPRE PARTICIPANDO DESSAS LUTAS E ESPERO QUE A PARTIR DE 2013 ELAS CONTINUEM DO MESMO JEITO.

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