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Conheça o ex-jogador potiguar que ficou famoso por misturar frevo e futebol

De Luan Xavier para a redação do Diário de Natal

O drible, para Capiba, nunca foi dificuldade. Desde a infância, quando jogava com os amigos, sua capacidade de ganhar do adversário na base da criatividade chamava a atenção. Tanto que Tarciso Correira de Azevedo, hoje com 67 anos, ganhou o apelido de Capiba, nome do músico pernambucano conhecido como o maior compositor de frevos do Brasil. Quando ponta-direita, ainda chegou a jogar na terra do homônimo cantor, pelo Central de Caruaru, recusando um convite para jogar em Portugal, lá pelo início da década de 60, tempo em que, como ele mesmo lembra, para sair do país era preciso jogar muita bola.

Capiba começou no futebol aos 16 anos, logo quando retornou a Natal depois de passar dois anos no Rio de Janeiro morando com um de seus irmãos, que era militar. Seu primeiro clube foi o Clube Atlético Potiguar, onde não passou muito tempo. Em 1962 decidiu retornar ao Rio para seguir a carreira de fuzileiro naval na Marinha e por lá começou a jogar no São Cristóvão. Chegou na equipe de aspirantes e depois passou para o profissional. Nesse tempo, jogou algumas vezes no Maracanã contra os grandes do Rio, em partidas válidas pelo Campeonato Carioca.

Decidido a deixar as Forças Armadas, voltou a Natal e em 1966 foi então jogar pelo Alecrim. Com a camisa do Alviverde participou do Bicampeonato 1967-68 e colecionou histórias memoráveis, como a do jogo em que Garrincha atuou pelo Periquito. Nem deu para dar a volta olímpica de comemoração ao bicampeonato e Capiba foi comprado pelo Central de Caruaru. Em Pernambuco atuou ao lado de outro potiguar, João Paulo, e dividiu a carreira de jogador com o trabalho de mecânica de trilhos. "Eu sempre joguei e trabalhei", diz. "Treinava pela manhã para trabalhar à tarde e às vezes jogar à noite", lembra. Com a camisa do alvinegro caruaruense Capiba foi vice-artilheiro do Campeonato Pernambucano de 1969, fato que ele destaca como a maior alegria da carreira.